Friday 31 August 2007
Thursday 23 August 2007
primeiras impressões do 102
=*
não é tão pequeno como imaginava
o chuveiro é m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o
estou apaixonada pela rede
o tempo não passa, derrete-se nos nossos braços
o fogão tem um lume bem brando
cuidado com a mesa!
livros, livros, livros...
agora, duplamente, tudo funciona muito melhor
[finalmente aqqui: é real!]
não é tão pequeno como imaginava
o chuveiro é m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o
estou apaixonada pela rede
o tempo não passa, derrete-se nos nossos braços
o fogão tem um lume bem brando
cuidado com a mesa!
livros, livros, livros...
agora, duplamente, tudo funciona muito melhor
[finalmente aqqui: é real!]
Sunday 19 August 2007
ventos do sul (sussurro)
Friday 17 August 2007
Thursday 16 August 2007
Soneto XXV
"Antes de amarte, amor, nada era mío:
vacilé por las calles y las cosas:
nada contaba ni tenía nombre:
el mundo era del aire que esperaba.
Yo conocí salones cenicientos,
túneles habitados por la luna,
hangares crueles que se despedían,
preguntas que insistían en la arena.
Todo estaba vacío, muerto y mudo,
caído, abandonado y decaído,
todo era inalienablemente ajeno,
todo era de los otros y de nadie,
hasta que tu belleza y tu pobreza
llenaron el otoño de regalos."
Pablo Neruda, (Cien Sonetos de Amor, 1959)
[ refugio a minha sofreguidão nas suas palavras.
porque é nosso. porque é novo. porque é tudo.
e porque já não sei mais dizer...
o número do soneto... - os astros - tuddo
... tu inundas tuddo... ]
(fotografia de Moumine)
Monday 6 August 2007
o fim
a morte de alguém próximo
mesmo que seja apenas uma proximidade afastada
faz-nos sentir sempre a insustentável leveza
da fragilidade da máquina humana
somos pó
e sentir isso na pele
é pesado como chumbo
como amarras
no rosto
sim
saber que alguém morreu
que alguém real
(e não do mundo desconhecido)
morreu
é ter que aceitar
é ter que saber
que morreremos também
saber que alguém morreu
é assinar um pacto com o próprio fim
por muito poucos laços que se tenha com essa pessoa
é ver
diante de nós
o fim último de existir
.
(imagem de Gabriel Pacheco)
Sunday 5 August 2007
enlaçar-de-amor-nos-emos
"Vem, meu amado, saiamos ao campo!
Passaremos a noite nas aldeias,
madrugaremos para ir aos vinhedos,
ver se as vides lançaram rebentos
ou se já se abrem suas flores,
se florescem as romãzeiras.
Ali te darei o meu amor.
As mandrágoras exalam seu perfume,
e à nossa porta há mil frutas deliciosas,
tanto frescas como secas,
que para ti, meu amado, reservei."
Cântico dos Cânticos, 7: 11-14.
(imagem: .cecilia., "lazo de amor")
Subscribe to:
Posts (Atom)