Sunday 31 August 2008
Tuesday 19 August 2008
"Este poema
Este poema está vivo.
Tiene ojos.
Invisibles ojos, que sin verlos, te miran.
Lees y acaricias versos que se erizan.
Este poema está vivo,
quiere escucharte recitar en voz alta;
meterse en tu casa o quizá en tu cama;
curiosear tus estantes de discos y libros,
de fotos y cartas;
provocarte emociones y hurgar en tu vida:
¡Date prisa, pasa de página!"
Antonio Pérez Morte
(fotografia de Moumine)
Tiene ojos.
Invisibles ojos, que sin verlos, te miran.
Lees y acaricias versos que se erizan.
Este poema está vivo,
quiere escucharte recitar en voz alta;
meterse en tu casa o quizá en tu cama;
curiosear tus estantes de discos y libros,
de fotos y cartas;
provocarte emociones y hurgar en tu vida:
¡Date prisa, pasa de página!"
Antonio Pérez Morte
(fotografia de Moumine)
Monday 4 August 2008
Cabril
Esta noite sonhei que era um rio. Um rio pequenino, é certo, que nada mais conhecia além das montanhas onde nascia, dos amieiros e dos juncos que nele se debruçavam. Como todos os rios, o que eu mais ardentemente desejava era desaguar. Comecei a perguntar onde ficava o mar, mas ninguém me sabia responder. Apontavam-me com um gesto vago ora o este ora o oeste. Escolhera já a forma de desaguar - em delta, claro - mas não recolhera ainda o menor indício da proximidade do mar. Uma noite em que estava acampado entre as dunas cheguei finalmente a uma conclusão (a mesma a que todos os rios chegaram talvez antes de mim): o mar não existia.
(E essa conclusão era salgada.)
Jorge de Sousa Braga
(ilustração de Patrícia Metola)
(E essa conclusão era salgada.)
Jorge de Sousa Braga
(ilustração de Patrícia Metola)
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