Thursday, 16 August 2007

Soneto XXV

"Antes de amarte, amor, nada era mío:
vacilé por las calles y las cosas:
nada contaba ni tenía nombre:
el mundo era del aire que esperaba.

Yo conocí salones cenicientos,
túneles habitados por la luna,
hangares crueles que se despedían,
preguntas que insistían en la arena.

Todo estaba vacío, muerto y mudo,
caído, abandonado y decaído,
todo era inalienablemente ajeno,

todo era de los otros y de nadie,
hasta que tu belleza y tu pobreza
llenaron el otoño de regalos."


Pablo Neruda, (Cien Sonetos de Amor, 1959)










[ refugio a minha sofreguidão nas suas palavras.
porque é nosso. porque é novo. porque é tudo.
e porque já não sei mais dizer...
o número do soneto... - os astros - tuddo
... tu inundas tuddo... ]

(fotografia de Moumine)

5 comments:

Flávia Vida said...

porque o amor é demasiado profundo e ninguém o descreve tão suavemente e tão verdadeiramente bem como Neruda ...
poema maravilhso, poeta esplêndido,fotografia magnífica e sentimento nobre esse AMOR ...

beijinhos
:)

Anonymous said...

cem sonetos de amor
cem anos de solidão
terminei o homem nú
(19 caracteres).

cem vezes cem vezes
sempre.

=¬*

Breno Leal Lima said...

que beleza! qual beleza!

linda said...

HOla que lindo blog
además me gusta ese peoma

te dejo saludos

suerte

eyeshut said...

e tu és uma maravilha....*