Wednesday, 31 October 2007



"Amo-te nesta ideia nocturna da luz nas mãos
E quero cair em desuso
Fundir-me completamente.
Esperar o clarão da tua vinda, a estrela, o teu anjo
Os focos celestes que a candeia humana não iguala
Que os olhos da pessoa amada não fazem esquecer.
Amo tão grandiosamente a ideia do teu rosto que penso ver-te
Voltado para mim
Inclinado como a criança que quer voltar ao chão."


"Amo-te como um planeta em rotação difusa
E quero parar como o servo colado ao chão.
Frágil cerâmica de poros soprados no teu hálito
Vasilha que ergues em tuas mãos de oleiro
Cálice que não pudeste afastar de ti."


Daniel Faria

(imagem de Rébecca Dautremer)

5 comments:

Flávia Vida said...

[aiai ...]

:**

Flávia Vida said...

[no Casulo uma homenagem para vc e o seu cantinho]

beijinhos
:)

isabel said...

=ª)

sorrisos mil e beijinhos borboleteantes *

eyeshut said...

_________________________*

Susana Miguel said...

o meu poeta preferido.
sem palavras, isabel.

abraço.